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Vetores da Inutilidade

Poesia, Atualidade, Crítica, Opinião, Artes e Cultura. Um blog por João M. Pereirinha

Vetores da Inutilidade

Poesia, Atualidade, Crítica, Opinião, Artes e Cultura. Um blog por João M. Pereirinha

SEJAMOS DOCE, ONDE HOUVER AMARGURA

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Somos seres passionais num mundo de psicopatas. Sobrevivemos ao dia a dia emocionados com a beleza do inesperado. Provamos as amarguras, mas somos crianças delicadas com o doce da vida.

 

A vida é uma intensa luta de almofadas onde o objectivo é não nos magoarmos. Mas até um saco de penas pode derrubar a alma mais forte, roubando-lhe os sonhos de uma só pancada. O importante é aprender a acolher os golpes dormindo sobre o algodão das fronhas amassadas e recomeçar todos os dias com a mesma força.

 

Porém, essa é a luta dos sortudos, porque também há quem leve com muito mais do que uma almofada, obrigado a carregar muito mais do que a dor. 

 

Ainda assim, devemos apegar-nos ao lado não amargo da vida. Onde colocarem ódio, coloquemos amor. Onde quiserem guerra, levemos paz. Onde quiserem intolerância, sejamos inclusão. Onde houver barulho, procuremos o silêncio. Onde houver tristeza, levemos a alegria. A alegria de viver, "joie de vivre", como dizem os franceses, deve ser a nossa bússola orientadora nestas marés de controvérsia. Porque amar é o único ato capaz de transcender a própria morte. Se significado algum existir na imensidão do universo, então que seja esse, o amor.

 

Sejamos capaz de amar, acima e apesar de qualquer coisa. Sempre. Sejamos doce, onde houver amargura.