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Vetores da Inutilidade

Poesia, Atualidade, Crítica, Opinião, Artes e Cultura. Um blog por João M. Pereirinha

Vetores da Inutilidade

Poesia, Atualidade, Crítica, Opinião, Artes e Cultura. Um blog por João M. Pereirinha

O que eu não te digo

Podia até nem ser nada

 

poderia eu até mentir,

 

poderia eu fingir

 

e a verdade omitir,

 

podia só não ser nada.

 

 

 

Mas como nada,

 

nada é, não posso aldrabar

 

as coisas e não olhar,

 

tenho que andar

 

sempre a controlar,

 

como se não fosse nada.

 

 

 

Tenho sido forte

 

e tudo transformado em nada,

 

não tenho perdido o norte

 

nem chorado na almofada,

 

tenho tentado ser feliz,

 

e manter a promessa que fiz!

 

 

 

Mas é difícil ser indiferente

 

não olhar nem acenar,

 

tem sido difícil não cheirar

 

nem um abraço dar,

 

tem sido difícil aguentar!

 

Tem sido e é difícil aclarar

 

e limpar a mente!

 

Tem sido, simplesmente!

 

 

 

Embora não seja dor

 

também não há espaço

 

para preencher este sofrimento

 

por isso o que faço

 

é puro fingimento,

 

não sou branco nem preto, incolor,

 

claro como a água, sem dor.

 

 

 

25-01-2008