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Vetores da Inutilidade

Poesia, Atualidade, Crítica, Opinião, Artes e Cultura. Um blog por João M. Pereirinha

Vetores da Inutilidade

Poesia, Atualidade, Crítica, Opinião, Artes e Cultura. Um blog por João M. Pereirinha

1ª Lei do Amor

Amor-próprio, a lei fundamental do amor.

 

 

 

O amor-próprio é o primeiro amor que sentimos na vida. Tudo começa quando descobrimos que gostamos de nós mesmos, se não somos capazes de nos aceitarmos nem de gostarmos daquilo que somos nunca poderemos gostar de mais ninguém. Só depois de nos aceitarmos e de nos conseguirmos compreender a nós mesmos é que podemos então apreciar o que de bom o outro nos tem para dar e compreender os seus defeitos e limitações. O amor-próprio está na base de todo o amor, nele está o princípio do amor: Amar os outros como a nós próprios. Se não nos amamos como podemos nós amar outrem? Se não nos compreendemos como podemos compreender os outros? Se não nos aceitamos como podemos aceitar os outros?

 

Só depois de nos conhecermos e nos formarmos e nos amarmos é que podemos vir a ter uma amizade efectiva, é que podemos compreender os nossos irmãos, só ai podemos perceber o que os outros sofrem, só ai podemos dedicar a vida a um objectivo, só ai podemos realmente Amar. Amar os nossos pais, amar os nossos irmãos, amar os nossos amigos, amar os nossos companheiros, amar a vida, amarmo-nos uns aos outros.

 

O problema é que, por incrível que pareça, hoje em dia há pessoas que com mais de quarenta anos ainda não se conhecem logo ainda não conseguem amar e compreender. Para se manter uma relação é preciso compreensão, é preciso cumplicidade, é preciso alguém que nos salvaguarde nas nossas dificuldades e não alguem que as esteja constantemente a realçar. Para isso temos que nos amar a nós, não em sinal de egoísmo mas sim de compreensão e de aceitação, pois só podemos dar a vida por algo se amarmos verdadeiramente a vida.

 

Só podemos deixar de fazer aos outros aquilo que não gostamos que nos façam a nós quando percebermos que não gostamos que nos façam isso a nós. Só podemos amar a Deus quando nos amarmos a nós próprios. Nós só perceberemos o quanto a vida é importante para todos nós quando nós próprios gostarmos daquilo com que nascemos, mesmo que isso aos olhos dos outros de nada valha, só ai podemos dar a vida em nome do amor pelos outros:

 

 

 

Só quando nos amarmos a nós próprios é que podemos dar a vida em nome do amor e ou por amor ao próximo.

 

 

 

Acreditem que este é o maior sinal de amor e de quem sabe verdadeiramente amar que alguma vez poderemos dar ao longo da nossa vida e existência.

 

 

 

25.04.2006
João Miguel Canhoto Pereirinha