Reencontro
Com os pés gelados
Da água do mar
Continuo a caminhar.
Olha p’ra todos os lados
Na esperança de encontrar
Um sinal claro de ti aqui.
Não os há. De ti,
Ou alguma semelhança,
Nada consigo vislumbrar,
Mas, continuo, na esperança
De te reencontrar,
Quem sabe, mais adiante,
Numa onda espumante
De sentimentos e momentos
Bem assados no areal.
Na barreira do real e irreal,
Confundo visões e pensamentos
Com a paisagem à minha frente,
Mas continuo. Fiel e crente
De que te irei encontrar,
Seja na areia ou no mar,
A nadar ou na toalha a bronzear
O corpo ou a ler uma revista…
Enquanto tiver olho, e à vista
Um horizonte, a minha conquista
Só terminará num pôr-do-sol radiante,
Contigo a meu lado, como amante,
E o mar como testemunha ocular
Do amor que a areia suportar.
João Pereirinha
14 de Junho de 2010